15 de Outubro de 2021 Sem categoria

AEB prevê queda do saldo comercial em 2022 com recuo das cotações de commodities

O Brasil deve registrar um superávit comercial de US$ 40 bilhões a 50 bilhões (R$ 274,9 bilhões) em 2022, segundo estimativas iniciais feitas pelo presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, que espera para este ano um saldo recorde de US$ 59 bilhões (R$ 324,3 bilhões).

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Em entrevista à Reuters, Castro destacou que considera o saldo de 2021 uma "obra de ficção", na medida em que o crescimento do superávit será baseado essencialmente na disparada das cotações das commodities, que respondem por parcela importante da pauta de exportação do país.

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"O superávit deste ano será totalmente obra do acaso, não é um resultado estruturalmente construído. Somos um exportador de commodity, commodity e commodity. Temos que reinserir os manufaturados na pauta", disse Castro.

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Ele pontuou que, enquanto em 2000 as manufaturas respondiam por 59% das exportações brasileiras, este ano essa participação deve ser de apenas 26%.

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A expectativa da AEB é que tanto as exportações como as importações cresçam cerca de 35% em valor em 2020 sobre o ano anterior, somando, respectivamente, US$ 275 bilhões e US$ 217 bilhões. Já em volume, as vendas externas do país devem avançar apenas entre 3% e 4% em 2020, percentuais insuficientes para alavancar a economia e gerar emprego e renda, disse Castro.

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"Precisamos de uma mudança estrutural como a reforma tributária, que poderia fazer o Brasil deixar de ser um exportador de tributos. O Brasil tem que investir também em infraestrutura e criar mecanismos para atrair os investimentos", defendeu.

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Para 2022, Castro estima que o mundo não terá mais fôlego para manter a demanda e os níveis elevados das cotações das commodities. Entre os produtos que devem perder força, de acordo com o presidente da AEB, estão minério de ferro e produtos agrícolas. "A tendência é de acomodação, até por que ainda tem uma inflação elevada no mundo", avaliou.

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Ele destacou como um risco importante para o comércio global os desdobramentos da crise da incorporadora chinesa Evergrande, que tem enfrentado dificuldades para fazer frente a suas obrigações.

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"Será que tem outras Evergrandes na China? Se aparecer mais uma, o mundo vai achar que tem outras mais, cria uma aversão e aí pode mexer com o comércio. A China é a maior exportadora e maior importadora global", afirmou.

ABTTC News

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