Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, as exportações do setor no ano passado totalizaram US$ 100,8 bilhões, 4,1% mais que em 2019 e segunda melhor marca da série histórica, atrás apenas dos números registrados em 2018.
Entre os dez principais produtos exportados pelo agronegócio brasileiro, a China foi o destino final de sete: soja em grãos, carne bovina in natura, açúcar de cana em bruto, celulose, carne de frango in natura, algodão não cardado nem penteado e carne suína in natura.
Os dados indicam também um forte aumento das exportações de carnes para a China, com destaque especial para a carne bovina in natura. As vendas totais do produto atingiram a cifra recorde de US$ 7,5 bilhões, dos quais 54,2%, ou US$ 4 bilhões foram gerados pelas exportações para o mercado chinês.
Aumento expressivo foi registrado também nas exportações de açucar, com as vendas externas totalizando US$ 7,4 bilhões, com US$ 1,3 bilhão tendo como destino final o país asiático.
Os números ligados às exportações do agronegócio brasileiro para os principais parceiros do pais reforçam a importância da China como, de longe, o maior importador dos produtos agropecuários brasileiros. Enquanto as exportações para os chineses somaram US$ 33,998 bilhões, os embarques para o segundo principal país de destino, os Estados Unidos, totalizaram US$ 6,961 bilhões. Bem menos expressivas foram as vendas para outros mercados importantes como os Países Baixos (US$ 4,074 bilhões), Japão (US$ 2,510 bilhões), Coreia do Sul (US$ 2,216 bilhões), Vietnã (US$ 2,179 bilhões), Espanha (US$ 2,164 bilhões), Alemanha (US$ 2,074 bilhões), Hong Kong (US$ 2,026 bilhões), Turquia (US$ 1,903 bilhão) e Tailândia (US$ 1,825 bilhão).
Na avaliação do Ministério da Agricultura, a partir deste ano, o milho é outro produto que poderá registrar forte aumento nos embarques para a China. Segundo o Mistério, os governos brasileiro e chinês estão concluindo a atualização do certificado sanitário entre os dois países e o término das negociações deverá resultar num forte aumento das vendas do cereal para a China, que vem ampliando de forma consistente as importações do produto.