11 de Maio de 2021 Sem categoria

Custo para a exportação de açúcar em contêiner aumentou 20,5% nos últimos 6 anos.

Estudo realizado pela ABTTC – Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres apurou que o custo para a exportação de açúcar em contêineres através de terminais retroportuários que operam na Baixada Santista sofreu aumento de 20,5% nos últimos seis anos.

 

O estudo avalia os custos de cada fase do processo de exportação da commodity, desde a chegada da carga no terminal retroportuário, englobando os custos de estufagem, administrativos, operacionais e tributários, até o custo do transporte do contêiner cheio ao terminal portuário.



Em 2014 este custo era de R$ 1.098,62, já em 2021 ele passou para R$ 1.324,27 representando uma variação de 20,5% no período. O estudo ainda constatou que aproximadamente 77,8% do custo apurado não sofre qualquer interferência do terminal onde o processo é realizado, pois são custos tributários, custos de transporte realizado por transportadores autônomos e custos de estufagem, que usualmente é realizado por trabalhadores avulsos vinculados ao SINTRAMMAR.



O terminal retroportuário absorve apenas 22,2% do custo apurado, percentual este destinado a arcar com os custos operacionais e administrativos do terminal.

 

Tributos



O aumento na alíquota de ISS nos municípios de Santos e de Guarujá, que em dezembro/2017 foram majoradas de 3% para 5% fizeram com que o custo tributário corresponda a 14,3% do custo total, percentual este superior aos Custos Administrativos e de Movimentação, itens estes que abrange a contratação de funcionários.

 

Estufagem



Os custos decorrentes da contratação de trabalhadores avulsos vinculados ao SINTRAMMAR para realizar a estufagem da carga em contêiner - obrigação resultante da Lei Federal 12.023/2009 - sofreu um aumento de 31,1% em relação aos custos apurados em 2014.  Este item não considera a perda de produtividade que ocorre sempre que os trabalhadores avulsos se recusam a movimentar a mercadoria sob alegações diversas, afetando a produtividade do terminal e impactando os custos.

 

Impacto no Preço do Produto



Um ponto relevante apontado pelo estudo realizado pela ABTTC é que embora os custos de exportação de açúcar em contêineres tenham registrado uma alta de 20,5% nos últimos seis anos, estes custos representam apenas 2,24% do valor do produto, ante 3,9% registrado em 2014, representando uma queda de 42,5%. No mesmo período a cotação da commodity no mercado externo teve valorização de 109,92%.



A Baixada Santista conta atualmente com 30 empresas habilitadas a operar como Recinto Especial para o Despacho Aduaneiro de Exportação - REDEX, estas empresas estão sediadas nos municípios de Santos, Guarujá, Cubatão e São Vicente. É recomendável que as empresas exportadoras sempre avaliem se a área total e o endereço do Terminal REDEX onde a carga destinada a exportação será movimentada efetivamente esteja habilitada a operar como REDEX, evitando assim maiores problemas para sua carga, inclusive com a Autoridade Aduaneira. A ABTTC disponibiliza uma lista com os terminais e áreas habilitadas a operar como REDEX em seu site.

 

ABTTC News

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