11 de Abril de 2022 Geral

Diário do Comércio: Produção mineira de grãos deve crescer 16% nesta safra

O clima favorável vem contribuindo para o bom desenvolvimento da safra 2021/22 de grãos em Minas Gerais, que deve alcançar novo recorde. De acordo com o 7º Levantamento da Safra de Grãos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção mineira tende a atingir 17,8 milhões de toneladas, alta de 16,2% frente à anterior.

Dentre os grãos, destaque para o milho, cuja produção pode alcançar 8,66 milhões de toneladas, uma elevação de 23,3%. Os altos preços e a demanda aquecida são fatores que estimularam a produção do milho. Além disso, é esperada recuperação na produção da segunda safra do cereal, que no ano anterior registrou perdas significativas em função da falta de chuvas.

Os dados da Conab mostram que, em Minas Gerais, houve uma expansão de 5,8% na área cultivada na safra 2021/22, com o uso de 4,07 milhões de hectares. O clima mais favorável tem contribuído para o crescimento da produtividade. A estimativa é colher um volume médio de 4,39 toneladas por hectare, aumento de 9,8% frente à média de 4 toneladas registrada na safra passada.

Nesta temporada, a estimativa é colher 5,4 milhões de toneladas de milho na primeira safra, volume que, se alcançado, será 7,6% maior que na safra passada. Em relação à área, a expansão ficou em 2,5% e somou 839,6 mil hectares. Também é esperado avanço de 5% na produtividade, com rendimento médio em torno de 6,48 toneladas por hectare. Cerca de 40% da colheita já foi concluída.

“A colheita do milho já está caminhando para consolidação, apesar de ser um pouco mais lenta que a da soja. Nesta primeira safra, em Minas Gerais, o milho se desenvolveu bem, com espigas bem granadas, sem deficiências. No Estado, onde as chuvas ocorreram a contento, as lavouras estão com boas produtividades”, explicou o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Rafael Fogaça.

Para a segunda safra do cereal, a estimativa é colher 3,2 milhões de toneladas, alta de 63,5%. Em igual safra do ano passado, a cultura foi muito prejudicada pela seca e também pelas geadas, o que afetou a produção. Caso as condições climáticas se mantenham favoráveis, a tendência é de recuperar a produtividade, chegando a 5,58 toneladas por hectare, 40,5% maior. A área foi ampliada em 16,3% e atinge 576,5 mil hectares.

“Houve incremento grande de área de milho sobre diversas outras opções de cultura de segunda safra, como sorgo e feijão. Isso ocorreu por motivos de mercado, que segue com os preços valorizados. O fator agrícola que ajudou muito foi a janela maior de semeadura do milho em comparação com o ano passado, já que a colheita da soja foi antecipada”, disse.

Ao todo, a produção de milho em Minas Gerais pode somar 8,6 milhões de toneladas, 23,3% maior que em 2020/21.

Aumento também é esperado para a safra de soja em Minas Gerais. A estimativa da Conab aponta para uma colheita de 7,6 milhões de toneladas, 8,5% maior que em 2020/21. A área plantada com a oleaginosa cresceu 4,4%, chegando a 1,9 milhão de hectares. A produtividade média vem apresentando crescimento de 3,9%, com rendimento de 3,8 toneladas por hectare.

“Estamos caminhando para o final da colheita da soja, então, daqui para frente, provavelmente, não teremos muitas surpresas. Os números já caminham para a consolidação, podendo haver ajustes finos até o final da colheita. Este ano, a colheita da soja foi mais adiantada devido ao plantio antecipado. Em Minas, na semana do dia 2 de abril, a colheita da soja já estava em 94%”, destacou.

Feijão e algodão em queda
Ao contrário da soja e do milho, a primeira safra de feijão no Estado apresenta queda. Os dados da Conab, já consolidados, apontam um volume de 199,3 mil toneladas, 11,2% a menos que no mesmo período da safra passada. Neste ano, houve queda de 2% na área, 148,5 mil hectares, e na produtividade, 9,4%, com rendimento médio por hectare em torno de 1,3 tonelada. A retração se deve ao fato de a cultura enfrentar concorrência com outros grãos, como o milho, por exemplo.

Para a segunda safra do grão, a tendência é de uma colheita 11,5% maior, somando 140 mil toneladas. A área está em torno de 104 mil hectares, 0,6% menor. A produtividade, 1,34 tonelada por hectare, pode ficar 12,1% maior.

“A segunda safra está em implantação. Houve uma pequena redução de área, principalmente, perdendo espaço para o milho. Mas observamos um incremento de produtividade”, disse Fogaça.

A terceira safra de feijão também apresenta tendência de alta, com um volume estimado em 185,2 mil toneladas, superando em 3,4% o colhido em igual período da safra anterior. A estimativa é que a produtividade cresça 3,4% e chegue a 2,6 toneladas por hectare. A área deve ser de 70,5 mil hectares, equivalente ao ano anterior.

Ao todo, o Estado tende a colher 524,7 mil toneladas de feijão na safra 2021/22, volume 0,9% menor que em 2020/21.

Para o algodão, a estimativa é de uma safra 4,6% inferior, com um total de 113 mil toneladas de algodão em caroço. A área destinada à cultura é de 28,7 mil hectares, 9,7% a menos. A produtividade estimada está 5,7% maior, com previsão de colher 3,9 toneladas por hectare.

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