01 de Setembro de 2022 Geral

Diário do Porto: Brasil perde R$ 48 bilhões com ineficiência dos portos

Summit Portos 2022 discute a falta de investimentos na infraestrutura brasileira e baixa participação do país no comércio internacional

O Brasil perde cerca de R$ 48 bilhões por ano com a ineficiência dos seus portos. E o pior é que esse valor é quase nove vezes maior do que o orçamento total empenhado pelo Ministério da Infraestrutura até maio de 2022. Esse quadro de falta de investimentos na estrutura portuária será debatido no evento Summit Portos 2022 – Capacidade e Competitividade, a ser realizado neste dia 1 de setembro, em Brasília.

O evento é de acesso público e pode ser acompanhado em www.summitportos.com.

A programação, segundo os organizadores, irá mostrar que o Brasil só tem 1,04% de participação no comércio internacional, mesmo com as grandes exportações do setor agrícola e de mineração. Um dos principais motivos dessa situação é o alto custo logístico do país, causado pela falta de investimentos na infraestrutura portuária.

O principal porto do país, o Porto de Santos, opera com cerca de 92% da sua capacidade para as operações de contêineres, o que é a causa de longas filas, afetando diretamente as atividades econômicas. Investimentos de ampliação da capacidade são de médio prazo, e levam cerca quatro anos para tornarem as operações portuárias eficientes, o que exige planejamentos público e privado, que hoje faltam no Brasil.

Um exemplo das dificuldades dos portos nacionais está no fato de que mais de 68% das encomendas internacionais de navios contêineiros no mundo é de embarcações com capacidade superior a 12.500 TEUs (um TEU é a unidade de carga de um contêiner marítimo). No Brasil, os portos em sua maioria ainda operam com navios de até 10.000 TEUs, mas já se espera receber navios com capacidade de 15.000 TEUs em 2023.

Para o Grupo Tribuna de Santos, que promove o evento, a atração de investimentos no setor portuário brasileiro depende “urgentemente de um ambiente jurídico e regulatório seguro, com regras claras e que permitam o máximo resultado da liberdade econômica”.

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