06 de Novembro de 2023 Geral

Folha: Volume nas exportações é recorde, mas preços caem

Valor da soja é 21% menor em outubro nas negociações internacionais.

Os volumes exportados de produtos relacionados ao agronegócio continuam apontando para patamares recordes. Os preços, porém, mantêm tendência de queda nas negociações internacionais.

Não fosse essa retração, o Brasil ultrapassaria em muito o recorde US$ 159 bilhões de receita do ano passado. Os números atuais indicam mais um recorde, mas com expansão menor do que poderia ser.

A líder da balança, a soja, com a produção de 155 milhões de toneladas neste ano, atingiu o patamar de 92,8 milhões de toneladas exportadas nos dez primeiros meses do ano, um volume 25% superior ao de igual período do ano passado.

Apesar do volume recorde, as receitas têm expansão menor, com evolução de 12%. Esse descasamento de volume e receitas ocorre devido à queda dos preços da oleaginosa no mercado internacional. As negociações de outubro deste ano foram feitas com redução de 21% nos preços em relação ao mesmo mês de 2022.

A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) também aponta forte queda nos preços do milho e do café. As exportações do cereal já somam 42,5 milhões de toneladas, 37% a mais do que no ano passado.

Nos próximos dois meses, as exportações brasileiras do produto deverão confirmar o Brasil como maior exportador mundial de milho neste ano. As receitas, com a queda média de 11% nos preços neste ano, sobem 22%, para US$ 10,6 bilhões.

A arrecadação com o café sobe para US$ 5,8 bilhões, mas ainda é inferior aos US$ 7 bilhões do ano anterior. A queda de preços em outubro foi de 21%, em relação a 2022, acumulando retração média de 11,4% no ano.

As vendas externas de carnes também superam, em volume, o montante de janeiro a outubro do ano passado, mas as receitas ainda ficam em US$ 17,1 bilhões, abaixo dos US$ 20,4 bilhões de 2022.

A principal desaceleração nas vendas ocorreu com a carne bovina. O volume teve pouca mudança, mas as receitas caíram 26% no ano.

Um dos grandes destaques do ano é o açúcar. Oferta menor de produto pelos concorrentes e elevação dos preços permitiram ao Brasil atingir 24 milhões de toneladas, com faturamento de US$ 11,7 bilhões.

As exportações de frutas, que tiveram forte aceleração em 2021, vêm perdendo ritmo e ficaram em apenas 733 mil toneladas neste ano

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