Os portos brasileiros, públicos e privados movimentaram 280 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano, o que representa um avanço expressivo de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os portos públicos apresentaram um crescimento de 9,71% e os portos privados, de 11,75%.
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Os dados são do Boletim Informativo Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), produzidos pela Gerência de Desenvolvimento e Estudos e pela Gerência de Estatísticas e Avaliação, ambas da Superintendência de Desenvolvimento, Desempenho e Sustentabilidade.
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O incremento da comercialização de minério de ferro em razão da variação cambial e da elevação dos preços de minérios no mercado internacional, o aumento significativo da importação de adubos e fertilizantes para alavancar a produção agrícola, o desempenho do agronegócio brasileiro, que se aproveitou dos preços recordes das commodities agrícolas, além da alta da produção e venda de combustíveis da Petrobras no período, foram alguns fatores que justificaram o robusto crescimento da movimentação portuária brasileira.
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Outro dado apresentado no relatório são os valores de THC praticados em terminais brasileiros e internacionais, observando-se uma relativa estabilidade nos preços cobrados ao longo do período analisado.
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O primeiro trimestre de 2021 foi atípico para o transporte internacional de cargas. Fretes mais caros, falta de contêineres, volatilidade das moedas, alta do preço do bunker e o encalhe do navio Ever Green no canal de Suez foram fatores, concomitantes ou decorrentes da pandemia da Covid-19, que impactaram intensamente o comércio marítimo mundial no período em análise, com fortes reflexos nos preços dos fretes cobrados.
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Nesse quesito, o relatório apontou que o índice geral da taxa de frete “spot” (SCFI) teve no primeiro trimestre de 2021 um notável aumento de 199% em relação ao mesmo período do ano passado. Para a rota Xangai-Santos, os valores foram ainda mais impressionantes, com a variação de 319% de um ano para o outro, atingindo o patamar de U$ 8.081,75 por TEU.
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Outro destaque foi o crescimento de 12,4% na movimentação de cargas provenientes ou destinadas à navegação de cabotagem, sendo que a movimentação de contêineres nesse modo de transporte cresceu 11,3% (Em TEUs) com relação ao primeiro trimestre de 2020. O transporte de petróleo e derivados apresentou crescimento de 18,8%. Já o transporte de cargas entre instalações portuárias na cabotagem cresceu 12,6% em relação ao mesmo período de 2020, tendo sido transportadas 52,1 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2021.
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O índice de utilização da frota de navios porta-contêineres na cabotagem atingiu o patamar de 75% em janeiro, 66% em fevereiro e 68% em março de 2021. Adicionalmente, o índice de participação de embarcações estrangeiras no transporte de contêineres na cabotagem, apresentado pela primeira vez pela Antaq no Boletim Aquaviário, atingiu o patamar de 5,3% em janeiro, 7,7% em fevereiro e 5% em março.