02 de Março de 2021 Sem categoria

Trens passam a operar com 120 vagões para atender safra de soja em MT


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Dois anos após um plano iniciado em 2018, as composições operadas pela concessionária Rumo no principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro agora têm feito viagens com 120 vagões, 50% a mais que os 80 utilizados até a safra passada.

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Com isso, além da capacidade transportada, aumentaram o comprimento do trem –que passou de 1,5 quilômetro para 2,2 quilômetros– e a eficiência, com ganhos em emissão de gases e economia de combustível.

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Após mais de 500 viagens de testes, desde o início da safra na cidade mato-grossense, em fevereiro, sete trens têm saído por dia rumo a Santos, cada um com 10.500 toneladas de soja, o que significa 73.500 toneladas diárias.

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“Consigo colocar mais volume num trecho inteiro só aumentando o comprimento do trem. Ganho capacidade, reduzo o número de trens para fazer o mesmo volume. Outro ponto, a expectativa ao fazer a simulação era de que teríamos um trem muito melhor em emissão de gases e economia de combustível. Isso se mostrou de fato, tivemos economia energética 5% melhor em comparação com 2019 e uma parcela desses 5% tivemos já em função dos testes que fizemos. Em 2021 teremos isso num percentual muito maior”, disse Darlan Fábio De David, vice-presidente da Operação Norte da Rumo.

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A fase de testes mostrou que, a cada 100 viagens feitas com o trem de 120 vagões, há um ganho de combustível equivalente a 4 trens.

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Segundo ele, o plano de ganho de capacidade começou em 2018 e envolveu mapeamento da tecnologia embarcada nas locomotivas, como é o carregamento em Rondonópolis, o tempo que leva para embarcar toda a carga, como seria trafegar por todas as cidades paulistas e a chegada a Santos.

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A malha paulista é altamente recortada, com curvas irregulares e traçado que dificulta a operação de grandes composições. Isso acontece devido às suas origens, entre o fim do século 19 e as primeiras décadas do século 20.

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Criadas em sua maioria para atender aos interesses dos cafeicultores, as ferrovias iam até as fazendas para que as cargas de café fossem embarcadas. Lembre-se, no século 19 não havia caminhões ou outro meio de transporte que não fossem as mulas ou carroças.

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De acordo com David, o trem com 120 vagões é um compromisso que a concessionária assumiu na renovação antecipada da concessão da malha paulista, que terá investimentos de R$ 6 bilhões. A concessão terá duração até 2058.

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Um trem desse tamanho não é inédito no país, já que há outras ferrovias que transportam minério, por exemplo, em que as composições chegam a ter 300 vagões. Em outras, não é possível trafegar com mais de 40 vagões.

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Isso é determinado conforme a existência ou não de trechos de serra ou raios de curvatura menores, por exemplo.

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s ferrovias mais modernas são desenhadas para ter trens mais longos, mas isso, na avaliação de David, não significa deixar de utilizar os caminhões.

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Segundo a Rumo, mais de 1.600 caminhões carregados com grãos e farelo de soja descarregam diariamente no terminal de Rondonópolis, de onde a carga embarca rumo a Santos. “Eles têm um papel fundamental na logística ferroviária, porque são o complemento. A ferrovia não chega a cada fazenda, mas o caminhão chega.”

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Com a alteração no tamanho dos trens, a capacidade de cada um passou da equivalência de 173 caminhões para 261 caminhões.

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De acordo com a Rumo, além das adequações feitas nas malhas paulista e norte, a operação envolvendo a malha central (ferrovia Norte-Sul), entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP) está sendo estruturada para atender as operações com os trens de 120 vagões.

ABTTC News

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